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Saúde mental: quebrando estigmas e priorizando o cuidado

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Escrito por: Horiens - 04/09/2023

Vivemos em uma sociedade que supervaloriza o ideal de vida perfeita, deixando pouco espaço para as vulnerabilidades que fazem parte da experiência de qualquer ser humano. Na internet, pessoas compartilham momentos memoráveis, em lugares paradisíacos, ao lado de ótimas companhias. Mas quando se trata de lidar com as próprias fraquezas ou com as dificuldades emocionais de alguém próximo, muitas vezes falta habilidade.

“Você tem tudo, um trabalho bacana, uma família que te ama. Como pode estar depressivo? Veja as coisas pelo lado bom!”. Para algumas pessoas, esse tipo de argumento pode até soar como uma “injeção de ânimo”, mas, na verdade, é um exemplo claro do que não fazer diante de alguém em sofrimento psíquico. 

Quando o assunto é saúde mental, há muitos mitos e preconceitos que dificultam o adequado acolhimento de quem precisa. É provável que você já tenha ouvido alguém falar “Isso é para chamar atenção” ou “É só uma fase, logo passa”, ao se referir a uma pessoa com depressão, por exemplo. 

Enquanto isso, a cada 45 segundos, uma pessoa tira a própria vida no mundo e quase sempre a causa está relacionada com alguma doença mental. O suicídio é um problema de saúde pública com impactos sociais importantes, e por isso sua prevenção é o foco central da campanha Setembro Amarelo. O objetivo é informar e conscientizar a sociedade sobre o tema. 

“Nossa sociedade não olha para a saúde mental como deveria. Há um mito de que quem faz terapia é louco, então campanhas como o Setembro Amarelo são fundamentais. Quando eu me conheço, quando eu me cuido, isso impacta em todas as áreas da minha vida. As pessoas entendem de questões técnicas, mas não sabem lidar com suas próprias emoções, não sabem ouvir o outro, e quando fazem isso, muitas vezes é com uma postura de julgamento”, afirma Daniele Rafael, especialista em Comunicação Não-Violenta. 

Daniele, que por dois anos atuou como voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), oferecendo apoio emocional gratuito para a população, ressalta que a escuta empática é uma das ferramentas mais importantes de acolhimento. “É fundamental falar sobre o que se está sentindo e, frequentemente, as pessoas não encontram esse espaço. Só o fato de expor o que está acontecendo, sem sofrer julgamentos ou repressões, já tem um impacto significativo. Muitas vezes, vi pessoas ligarem tristes ou desesperadas e, depois de 10 minutos, apresentarem outro estado de ânimo” conta.

Deixar a saúde mental de lado ou tentar lidar sozinho com os problemas emocionais quando estes passam a impactar diversos setores da vida pode levar o indivíduo a uma condição de risco. Por isso é importante buscar ajuda especializada, sobretudo diante de sinais como desânimo e falta de prazer nas atividades, autodepreciação, isolamento, descuido com a higiene pessoal, autolesão, abuso de substâncias e irritabilidade. 

Se você está sentindo que algo não vai bem, não deixe que o preconceito te impeça de procurar ajuda. Quanto mais no início, melhor para agir sobre sua saúde de forma preventiva. Conte com seu plano de saúde para encontrar profissionais que irão te ajudar na sua jornada rumo a uma vida com mais bem-estar. Clique aqui e saiba mais.

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