Entenda o câncer de próstata e as formas de prevenção: conhecimento salva vidas
Escrito por: Horiens - 24/11/2025
“O conhecimento dos fatores de risco gera prevenção, por isso é fundamental dedicarmos um tempo para aprender e trazer melhorias de estilo de vida para o nosso cotidiano.”
Esse recado é da Dra. Denize Lopes, médica do trabalho do Grupo Novonor, e é também um convite para o conteúdo compartilhado na live especial da campanha Novembro Azul, promovida pela Horiens, com o apoio da Healthbit, sua parceira em gestão de saúde corporativa.
A iniciativa reuniu segurados das empresas atendidas pela Horiens para um bate-papo sobre a saúde masculina e a importância da prevenção, especialmente no enfrentamento do câncer de próstata, o segundo tipo de câncer mais comum entre homens no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Participaram da conversa o nutricionista e doutorando em Saúde Coletiva, Alison Silva, e o psicólogo e mestre em Filosofia, Miguel Camargo, além da Dra. Denize Lopes, da Novonor, e da equipe da Horiens.
“Hoje o tema central é o câncer de próstata, mas ao promover essa campanha em parceria com nossos clientes corporativos, estamos estimulando, sobretudo, um olhar preventivo para a saúde do homem como um todo”, destacou Erica Cela, da equipe de Seguros de Pessoas da Horiens, na abertura da live.
Aumento da próstata: quando é normal e quando preocupa
A próstata é uma glândula pequena, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. Sua principal função é produzir parte do fluido seminal, essencial para a fertilidade masculina.
Com o passar dos anos, essa glândula naturalmente aumenta de tamanho, um processo chamado de hiperplasia prostática benigna (HPB), que não é câncer, mas pode causar sintomas incômodos.
Mas quando o aumento pode ser perigoso? Quando há alterações estruturais identificadas em exames, associação a sintomas persistentes, histórico familiar, entre outras situações possíveis. Por isso, é essencial manter acompanhamento médico periódico, especialmente a partir dos 40 anos. Somente exames clínicos e laboratoriais permitem diferenciar um HPB de câncer de próstata.
Sintomas que merecem atenção
Embora o câncer de próstata seja frequentemente assintomático em seus estágios iniciais, é importante procurar ajuda médica rapidamente se houver:
- Vontade frequente ou urgente de urinar
- Jato fraco, intermitente ou dificuldade de iniciar a micção
- Sensação de esvaziamento incompleto
- Dor lombar persistente
- Sangue na urina ou no sêmen
- Dificuldade de ereção
Acompanhamento de saúde preventiva
Ao longo do bate-papo com os participantes da live, Dra. Denize orientou que todos os homens devem passar por pelo menos uma consulta clínica completa aos 40 anos para avaliação personalizada de risco. “Isso é necessário porque o diagnóstico precoce aumenta drasticamente as chances de cura”, destacou.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), um paciente diagnosticado no início da doença tem mais de 90% de chance de cura.
Como é o monitoramento para diagnóstico precoce?
- Consulta clínica anual
- Exame de toque retal (avalia textura, tamanho e nódulos)
- Exames de sangue (PSA total e livre)
- Ultrassonografia ou ressonância, quando indicado
Quando iniciar o rastreamento?
Após a consulta inicial, médico e paciente irão definir o plano de acompanhamento. Para a população em geral, a recomendação da SBU para o rastreamento anual é:
- Homens em geral: a partir dos 50 anos
- Com maior risco*: a partir dos 45 anos
*Com histórico familiar de câncer de próstata, sobrepeso e obesidade, tabagistas afrodescendentes e portadores de síndromes genéticas hereditárias.
Fique por dentro dos principais fatores de risco para câncer de próstata
- Idade (a partir dos 50 anos)
- Histórico familiar de 1º grau (pai, irmãos, filhos)
- Raça/etnia: homens negros
- Obesidade e baixa massa muscular
- Sedentarismo
- Alimentação rica em açúcares e ultraprocessados
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool
Prevenção: confira o que é importante trazer para seu dia a dia
- Faça exercício físico regularmente
Ao menos 150 minutos por semana de atividade moderada é o recomendado pela OMS. Essa prática influencia a saúde de forma ampla: reduz inflamação sistêmica, regula hormônios, diminui risco de obesidade visceral, melhora saúde cardiovascular e mental e também impacta em melhora do sono.
- Priorize a alimentação saudável
Durante a live, o nutricionista Alison da Silva detalhou o que é a alimentação saudável. “A prevenção começa no prato e deve ser rica em nutrientes e antioxidantes. Beber água, priorizar alimentos in natura e minimamente processados (como frutas, verduras e proteínas), além de reduzir ao máximo açúcar e álcool formam a base de uma dieta saudável”, explicou.
Alison ainda esclareceu como diferenciar o que são alimentos in natura, processados e ultraprocessados. Confira a seguir:
| Classificação | O que é | Exemplos |
| In natura / minimamente processados | Mantêm características originais, passando por processos simples (lavagem, secagem, moagem, trituração, pasteurização etc) | frutas, verduras, legumes, ovos, carnes frescas, peixes, arroz, feijão, castanhas, leite, café, água |
| Processados | Sofrem adição de ingredientes culinários (sal, açúcar, óleo, especiarias) | pães artesanais, queijos, conservas simples, iogurtes com poucos ingredientes |
| Ultraprocessados | Formulações industriais com aditivos | refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos, embutidos, macarrão instantâneo, nuggets, achocolatados |
- Busque um sono reparador
A privação de sono está ligada a uma pior regulação hormonal, aumento de inflamação e maior risco metabólico, fatores que influenciam o câncer. Evite o uso de telas por pelo menos uma hora antes de dormir, mantenha as luzes apagadas e, se possível, deixe o quarto em temperatura agradável.
- Cuide da saúde mental e emocional
Durante a live, o psicólogo Miguel Camargo destacou a importância do olhar dos homens para a saúde. “A psicoterapia pode ter uma influência muito positiva na relação de cada homem com a sua própria saúde. Ela deve ser considerada quando houver necessidade, pois é uma ferramenta para ajudar a reconhecer emoções, reduzir resistências culturais e superar crenças limitantes sobre autocuidado”, lembrou.
O conhecimento sobre fatores de risco, hábitos, prevenção e acompanhamento médico permite com que todos possam cuidar de sua saúde com autonomia e responsabilidade. Compartilhe essas informações com seus familiares e amigos!
Assista aqui a LIVE completa no Youtube.