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Diversidade geracional: uma agenda de todos

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Escrito por: Horiens - 01/10/2023

Você sabia que até 2050, as Nações Unidas preveem que o número de pessoas com idade entre 55 e 64 anos deve saltar dos 723 milhões de 2021 para 1,075 bilhão em 2050?

Nos últimos 100 anos, a expectativa de vida vem sofrendo um aumento expressivo e isso traz reflexões necessárias para avançarmos rumo a um futuro cada vez mais sustentável e diverso, não é mesmo?

As perguntas são muitas: como se preparar para envelhecer com saúde e qualidade de vida? Quais são os principais desafios na vida das pessoas mais velhas? Qual a importância de se manter ativo e participante da vida em sociedade? Como o mercado de trabalho e a economia estão lidando com esta agenda?

O Dia Internacional do Idoso, celebrado em 1º/10, e instituído pela ONU em 1991, tem o objetivo de pautar discussões deste tipo, sensibilizando a sociedade para as questões do envelhecimento e a necessidade de proteger e cuidar da população mais madura e experiente.

“Na Horiens, motivados por esta data, consideramos importante trazer o tema dos desafios enfrentados pelas pessoas 50+, que ainda não são idosos, mas estão em fase produtiva mais avançada e enfrentam, com frequência, o preconceito por idade, o chamado etarismo”, destaca Ana Paula Oliano, integrante do Comitê de Diversidade e Inclusão da Horiens. “Trata-se de um tema que as empresas precisam ter no radar, afinal a população está envelhecendo e a diversidade de gerações é muito saudável”, completa Ana Paula.

Mercado de trabalho, pessoas 50+ e o etarismo

No Brasil são considerados idosos pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, no entanto os desafios se iniciam muito antes, na faixa etária dos 50+.

Segundo o IBGE, 57% da força de trabalho do Brasil será composta por pessoas com 45 anos ou mais em 2040. Isso quer dizer que, cada vez mais, haverá procura de trabalho para pessoas com mais de 50 anos.

Ao mesmo tempo, o grupo de pessoas mais velhas é o mais prejudicado quando falamos em demissões e em preconceitos sofridos por conta da idade.

O etarismo, também conhecido como ageísmo ou idadismo, é o mais frequente e universal dos preconceitos e ainda resiste abertamente na sociedade. Estamos falando da discriminação por idade contra indivíduos ou grupos etários com base em estereótipos. O termo etarismo foi usado pela primeira vez pelo gerontologista Robert N. Butler para descrever a discriminação contra adultos mais velhos. No entanto, o conceito evoluiu para ser frequentemente aplicado a qualquer tipo de discriminação com base na idade.

Convivência de gerações

A inclusão de pessoas 50+ no mercado de trabalho sempre foi importante, mas cada vez mais é um assunto a ser pensado e planejado pelas empresas, já que a população está envelhecendo.

É comum situações em que o viés inconsciente prevalece, devido a estereótipos de que pessoas mais velhas são desatualizadas ou não conseguem acompanhar as mudanças de tecnologias, por exemplo.

Se é correto afirmar que é importante que a população 50+ busque se manter atualizada, também é igualmente relevante destacar que as empresas devem buscar constantemente a convivência de gerações.

O aprendizado não tem idade. Com o advento da internet, a crescente digitalização e a conquista de mais saúde e disposição pelas pessoas, podemos dizer que somos lifelong learners, ou seja, conseguimos nos manter em constante aprendizado, ao longo da vida.

“Pessoas mais velhas costumam ter um repertório mais completo por ter tido tempo de passar por mais situações complexas ao longo da carreira. Elas podem contribuir com uma visão mais sistêmica e atuar de forma complementar a diversas outras competências dos mais jovens.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reforça que os mais velhos são “fontes inestimáveis de conhecimento e experiência que têm muito a contribuir para a paz, o desenvolvimento sustentável e a proteção do planeta”.

“A diversidade geracional é muito benéfica para as pessoas e para os ambientes nos quais estamos inseridos. É preciso falar do assunto e descontruir preconceitos”, pontua Ana Paula.

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