Diga não ao capacitismo: a deficiência não faz ninguém menor

Em 21 de setembro celebra-se o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência e isso significa comemorar os avanços até aqui e, ao mesmo tempo, olhar com atenção para os desafios que ainda precisam ser superados. 

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU), de 2006, e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/15), de 2015, conhecida como LBI, sem dúvida são grandes marcos para a garantia de direitos essenciais. 

“Ao olharmos para a história das pessoas com deficiência no Brasil, é possível perceber um cenário de restrição de direitos e imposição de limitações físicas e culturais. Aos poucos essa visão limitada vem dando lugar, mesmo que ainda de forma sutil, à concepção de que a exclusão, na verdade, é gerada pela própria sociedade”, explica Caroline Duarte Guimarães, integrante da Horiens e membro do Comitê de Diversidade e Inclusão da empresa. “Hoje, a deficiência deve ser vista como mais uma característica humana. A pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades”, completa.

De acordo a legislação brasileira atual, pessoas com deficiência (PCD) “são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”. 

Uma jornada com muitos desafios

Apesar da mudança de paradigma conquistada especialmente a partir das últimas décadas do século 20, que resultou em uma legislação com viés inclusivo, ainda há muito caminho a ser percorrido. 

As barreiras para transpor são muitas, passando por questões relacionadas à escolarização, acessibilidade e acesso qualificado ao mercado de trabalho, entre muitos outros desafios. “O principal ponto é conseguir efetivar todos os direitos estabelecidos nas leis”, destaca Caroline.

Capacitismo: você sabe o que é?

O termo, que ganhou notoriedade nos Estados Unidos na década de 1980, passou a ser utilizado mais recentemente no Brasil. Trata-se de uma forma de preconceito com pessoas com deficiência, envolvendo uma pré-concepção a respeito das capacidades que uma pessoa tem ou não devido a uma deficiência.

Vamos nos aprofundar neste assunto, que depende de todos nós para avançar? 

Confira algumas dicas de livros, filmes, séries e documentários cujo tema central são as pessoas com a deficiência e o combate ao capacitismo:

• Livro: “As pessoas com deficiência na história do Brasil: uma trajetória de silêncios e gritos”, de Emílio Figueira

• Livro infantil: “O menino e o mar”, de Lulu Lima & Lalan Bessoni

• Documentário “Crip Camp: Uma Revolução na Inclusão” (Disponível no Netflix)
  
  
• Curta-metragem de animação: “Cuerdas” ou “Cordas”, em português (Disponível no YouTube)

• Filme “No Ritmo do Coração” (Nome original “Coda”- Child of deaf adults ou Filho de pais surdos, em tradução livre)

• Filme “Extraordinário” (Disponível no Netflix)