Dia Nacional da Consciência Negra | Conecte-se com a luta antirracista
Escrito por: Horiens - 16/11/2023
O Dia da Consciência Negra foi criado em respeito à luta da população negra no Brasil, que vivenciou mais de 300 anos de escravidão, período que deixou um lastro de desigualdades e fez emergir um cenário de racismo que ainda permanece arraigado à nossa sociedade.
Em 2011, por meio da Lei nº 12.519, o dia 20 de novembro entrou para o calendário oficial brasileiro de efemérides, tendo como marco a data da morte de Zumbi dos Palmares, em 20 de novembro de 1695, um importante personagem da resistência à escravidão no Brasil.
A data – chamada oficialmente de Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra – passou a ser considerada feriado em todo o Estado de São Paulo a partir de setembro de 2023, conforme Lei Estadual n.º 17.746. Nos Estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro, além das cidades de Goiânia (GO) e Florianópolis, a data também é considerada feriado.
Você tem Consciência Negra?
Isso significa reconhecer e valorizar a luta da população negra, a cultura negra brasileira e suas contribuições para a formação da sociedade. Mas não basta saber disso, é preciso conectar-se verdadeiramente com esta causa, assumindo uma postura proativa diante das questões que envolvem o tema.
De acordo com o “Pequeno Manual Antirracista”, da filósofa e escritora Djamilla Ribeiro, quando falamos de racismo, “é fundamental trazer a perspectiva histórica e começar pela relação entre escravidão e racismo, mapeando suas consequências”.
No título citado, que é uma referência importante nesta agenda, Djamilla traz também o racismo como uma problemática que diz respeito a todos. “Não se trata de se sentir culpado por ser branco: a questão é se responsabilizar. Diferente da culpa, que leva à inércia, a responsabilidade leva à ação”, pontua no livro.
A autora traz ainda o ponto de que é impossível não ser racista tendo sido criado numa sociedade racista. “É algo que está em nós e contra o que devemos lutar sempre”.
Para Elizabete Silva de Souza, integrante do Comitê de Diversidade e Inclusão da Horiens, dar cada vez mais visibilidade ao tema é uma maneira de colaborar ativamente para transformar a realidade que ainda temos hoje. “Conversar sobre o assunto com a família e amigos pode parecer algo simples, mas na verdade é o primeiro passo para a conscientização e para promover potentes mudanças, que começam em nosso dia a dia”, destaca.
Como atuar em prol do antirracismo, na prática?
- Informe-se sobre o racismo
- Enxergue a negritude e reconheça os privilégios da branquitude
- Perceba o racismo internalizado em você
- Apoie políticas educacionais afirmativas
- Transforme seu ambiente de trabalho
- Leia autores negros
- Questione a cultura que você consome
- Conheça seus desejos e afetos
- Combata a violência racial
- Seja antirracista
Como se aprofundar?
Confira a seguir sugestões de livros e filmes:
- Pequeno Manual Antirracista, de Djamilla Ribeiro (livro)
- Racismo Estrutural, de Silvio Almeida (livro)
- Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre (livro)
- Lélia Gonzalez, de Alex Ratts e Flavia Rios (livro)
- Negritude: Usos e Sentidos, de Kabengele Munanga (livro)
- O Genocídio do Negro Brasileiro, de Abdias Nascimento (livro)
- 30 Poemas de um Negro Brasileiro, de Oswaldo de Camargo (livro)
- Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, de Carolina Maria de Jesus (livro)
- Medida Provisória, dirigido por Lázaro Ramos (filme)
- Dois Estranhos, de Travon Free e Martin Desmond Roe (filme)
- Todos os Mortos, dirigido por Marco Dutra e Caetano Gotardo (filme)
- M8 – Quando a Morte Socorre a Vida, dirigido por Jeferson De (filme)
- Cores e Botas, dirigido por Juliana Vicente (filme)
- Cara Gente Branca (série)
- Olhos que condenam (série)
A Horiens apoia a luta antirracista e tem o compromisso de estimular o diálogo qualificado por meio de ações coordenadas pelo seu Comitê de Diversidade e Inclusão, formado por integrantes da empresa, e de promover o aumento progressivo da diversidade das lideranças, incentivando a inclusão, respeitando e valorizando as diferenças em todas as suas dimensões e reconhecendo a pluralidade humana como fator de inovação e produtividade.
Entender a responsabilidade de cada um de nós neste contexto é essencial para construir um futuro mais justo para todos. Informe-se, conscientize-se, conecte-se com a luta antirracista!