Dia Internacional da Mulher: avanços e desafios para a equidade de gênero
Escrito por: Horiens - 07/03/2024
A data de 8 de março é celebrada mundialmente como o Dia Internacional das Mulheres, um marco de uma história de lutas e engajamento político feminino, que resultaram na conquista de direitos essenciais ao longo das últimas décadas, especialmente.
Se um bom caminho já foi percorrido, no entanto, sabemos que ainda há mais um longo percurso a ser trilhado. De acordo a projeção mais recente do Fórum Econômico Mundial, serão necessários longos 131 anos para eliminar desigualdades.
Com a pandemia de covid-19, o ritmo de progresso diminuiu, embora venha se recuperando aos poucos. Para que se tenha uma ideia, no ritmo atual, por exemplo, serão necessários 169 anos para a paridade econômica e 162 anos para a paridade política. Desde que o Fórum Econômico Mundial iniciou o acompanhamento deste tema, em 2006, o índice de paridade geral melhorou apenas 4,1 pontos percentuais.
Dados da ONU também mostram sinal de alerta: o ODS 5 (Alcançar a Igualdade de Gênero), uma meta global, não será atingido em 2030 e a igualdade plena pode levar mais de 200 anos para se tornar realidade. De fato, há muito o que ser feito, ainda.
“Na Horiens, temos um compromisso com o avanço da equidade de gênero e abrimos espaço para a discussão desta agenda com regularidade, como forma de ampliar o nível de consciência e ação”, destaca Fernanda Antonelli, diretora de Pessoas, Comunicação e Marketing e coordenadora do Comitê de Diversidade e Inclusão da empresa.
“As mulheres têm sustentado com resiliência, ao longo da história, momentos de grande adversidade, inclusive contra sua própria liberdade. O trabalho das empresas em busca de paridade, somado a políticas públicas, é fundamental para destravar o cenário de desigualdades”, completa.
Confira alguns dados sobre a situação das mulheres hoje, no mundo*:
- De acordo com o Relatório de Desigualdades de Gênero 2023, do Fórum Econômico Mundial, as mulheres são 41,9% da força de trabalho, mas continuam enfrentando taxas de desemprego mais altas do que as dos homens
- A participação das mulheres em cargos de liderança sênior é quase 10 pontos percentuais menor que a dos homens
- Em áreas ligadas à ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês), os chamados mercados do futuro, as mulheres são minoria, totalizando apenas 29,2% de participação
- O Brasil ocupa a 57ª posição no ranking de igualdade de gênero do Relatório de Desigualdades de Gênero 2023, tendo saído da 94ª posição em 2022, com destaque para oportunidades educacionais e de saúde
Os 5 países com maior igualdade de gênero*:
- Islândia
- Noruega
- Finlândia
- Nova Zelândia
- Suécia
Mulheres, Empresas e a Lei**
- De acordo com um estudo do Banco Mundial, a média global do Índice WBL (Women, Business and the Law), avançou para 77,9 pontos de 100 em sua última edição, considerando 190 economias ao redor do mundo
- O Brasil pontuou 85,0, o mesmo resultado da edição anterior, ao lado de países como Venezuela e Ucrânia e atrás de países como Nicarágua, República Dominicana e África do Sul
- Quando são consideradas as diferenças jurídicas que envolvem a violência e o cuidado das crianças, as mulheres no mundo gozam de menos de dois terços dos direitos dos homens.
- Na prática, no entanto, esta diferença é ainda pior, dado que os países estabeleceram menos do que 40% das medidas necessárias para a plena implementação das leis vigentes
*Relatório de Desigualdades de Gênero 2023, Fórum Econômico Mundial
**Women, Business and The Law 2024, Banco Mundial