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A luta das mulheres negras, latinas e caribenhas: inspirando pessoas e gerações

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Escrito por: Horiens - 17/07/2023

Cerca de 200 milhões de pessoas se definem como afrodescendentes na América Latina e Caribe, de acordo com a Associação Mulheres Afro, formada por mulheres negras de 32 países da região.

Além da origem comum africana, as populações negras latino-americanas e caribenhas compartilham uma série de situações históricas e socioculturais, como o contexto colonial e de escravidão no qual estiveram inseridas.

Nas últimas décadas, no entanto, felizmente movimentos negros têm ocupado cada vez mais espaço na sociedade, trazendo à tona a importância da diversidade cultural e étnica assim como a necessidade de avançarmos de forma consistente no combate ao racismo e às desigualdades.

Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado no dia 25 de julho, surge nesse contexto, com o objetivo de trazer visibilidade à luta destas mulheres contra a discriminação, ainda muito presente nos dias de hoje.

“Quando falamos de mulheres negras, é importante destacar que há uma sobreposição de situações que são alvos de preconceito, já que estamos falando da junção de raça e gênero e ainda há que se considerar a questão de classe social, dado que a população negra é a que mais sofre a pobreza”, pontua Fernanda Gabriela Lima, integrante da Horiens e do Comitê de Diversidade e Inclusão da empresa.

“Na Horiens, trabalhamos a diversidade em todos os aspectos e entendemos a relevância de trazermos pautas como esta. Acreditamos que o conhecimento é um pilar importante para sensibilização das pessoas, afinal é uma luta de todos”, completa Fernanda.

 

A origem do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

A data é reconhecida pela ONU como marco do 1º Encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, em 25 de julho de 1992.

No Brasil, desde 2014, a data é também uma homenagem a Tereza de Benguela, líder quilombola do século 18 e símbolo da luta contra a escravidão de negros no Brasil, morta em uma emboscada. Por décadas, Tereza foi uma importante líder do quilombo de Quariterê, no Mato Grosso, promovendo inovações na organização política e na defesa do quilombo.

Depois de mais de 30 anos do encontro em Santo Domingo, saímos do lugar, mas ainda há muito a ser feito.

 

Mulheres negras na história do Brasil

Conheça apenas alguns dos muitos nomes da população negra que fazem parte da história do Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

 

Tereza de Benguela, líder quilombola do século 18

 

 

 

 

 

 

 

Hilária Batista de Almeida (Tia Ciata), nascida em 1854, sambista, mãe de santo brasileira e considerada por muitos como uma das figuras mais influentes no surgimento do samba carioca

 

 

 

 

 

 

 

Carolina Maria de Jesus, escritora, compositora e poetisa; seu primeiro livro, “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, vendeu mais de 100 mil exemplares em 1960

 

 

 

 

 

 

 

Enedina Marques, filha de um casal que chegou ao Paraná após a abolição da escravatura, formou-se professora em 1931 e, posteriormente, em engenheira civil, tornando-se a primeira engenheira negra do Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

Laudelina de Campos Melo, grande influenciadora dos direitos dos negros no século 20; aos 16 anos foi presidente do Clube 13 de Maio, que promovida atividades para a população negra, aos 20 anos fundou a Frente Negra Brasileira e, em 1936, a Associação das Empregadas Domésticas do Brasil

 

 

 

 

 

 

 

Antonieta de Barros, filha de um casal de escravizados recém-libertos, tornou-se professora, depois deputada estadual, destacando-se pelo pioneirismo na defesa de bolsas de estudos em cursos superiores para pessoas mais pobres

 

 

 

 

 

 

 

 

Maria Firmina dos Reis lançou o livro “Úrsula”, em 1859, o primeiro romance publicado por uma escritora negra no país, além de ter fundado, em 1880, a primeira escola mista e gratuita do estado do Maranhão

 

 

 

 

 

 

 

 

Maria Felipa de Oliveira, moradora da Ilha de Itaparica, marisqueira e pescadora, viveu no século 19, e teve papel fundamental na luta pela Independência da Bahia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ruth de Souza, primeira atriz negra a atuar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a peça “O Imperador Jones”, em 1945, tendo construído uma carreira bem-sucedida no teatro, na televisão e no cinema

 

 

 

 

 

 

 

 

Sônia Guimarães, cientista pioneira em física no Brasil, primeira mulher negra brasileira a ter um PhD, feito realizado em 1988, e a lecionar no Instituto Brasileiro de Aeronáutica (ITA)

Fonte: https://treediversidade.com.br/9-mulheres-pretas-que-transformaram-o-brasil/

 

 

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